meu coração tombado em terra desconhecida… a tua terra. minha voz murmura a quietude do teu corpo …onde repetidamente se lançam pólenes que brotam de mim… coração fértil... minha terra afirma[Te] de ouro.. como searas onduladas pela brisa suave que sopra de sul…
“Nenhum afecto me expele para além de ti”… : canto.chão
retorno… como se
nunca saído desse paraíso onde nos recrias…
a infinita dimensão do poema…
Latitude maior!
Tecedeira de expirações soberanas…
quero-te!
desde o brilho intenso da madrugada
até à crepuscular tonalidade do abraço…
onde metamorfizam as lembranças
e os quase esquecimentos…
esse tempo mínimo de seres borboleta
que repousa em mim
a nostalgia exacta de sua asas…
essa perfeita geometria que
eterniza a liberdade de poder
voar para o princípio de tudo…
e que suaviza o tempo deposto
no rosto e na memória
tudo em nós se manifesta com grandeza
porque o sermos nada, ajuda
a sermos tudo…
o que o nada pode ser…
:um vazio, ávido de preenchimento