Domingo, 31 de Agosto de 2008

Aqui!...

 

onde esgotados

os sentidos perturbados da razão,

morre a poesia

nos desfiladeiros rochosos da alma

na sistemática exaustão dos dias.

 

ascende íngreme do abismo,

do precipício inevitável das palavras

na contundente demência das ideias

 

bandeira que ao relento

se exprime em sua honra

a meia haste quebrada

 

o granito sequioso das fachadas

ostenta a sua longevidade divina

no esquife, enterrada a matéria

putrefacta dos compartimentos

 

na face da marmórea claridade

a gélida insignificância do sangue coagulado

 

aqui!..

onde degradados

pelo místico paraíso da morte,

na reclusão intuitiva dos dias

nasce congénita a clausura.

  

quando a morte vier, libertadora

e me arrastar insensível para o nada

somente serei possível

na sombra colorida das flores

e no canto crepuscular das aves

 

o odor angélico

da alma libertada

sentir-se-á nas fragrâncias primaveris

e nos pólens férteis e fecundos.

 

enquanto isto me for possível

não morrerei no inferno desta sepultura!

 

publicado por Latitudes às 23:45
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Domingo, 24 de Agosto de 2008

s u b t i l i t y ...

 

Entre a confusão do medo e a fadiga da pobreza

estará sempre uma dignidade sem preço que

também não podemos omitir... uma subtileza,

nesta vida poluída, que jamais se encontrará à venda...

publicado por Latitudes às 21:52
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Domingo, 17 de Agosto de 2008

intensamente!...

 

bendita a que intensa(mente)

se oferece ao amor que se crê impossível...

em nome do que possível se sente tão verdadeiro

como o que se toca...

palavra em verso... mãos e boca...

que diz e desdiz esse beijo...

lugar onde a pele se fez

campo de ternuras involuntárias...

incontidas e desmedidas...

alma tua... amor meu...

quem saberá o que de teu

me foi destinado?...

publicado por Latitudes às 14:49
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Domingo, 10 de Agosto de 2008

poeta fui...

poeta fui... quando sonhei haver

dias que não terminam sem ter

sorrido a felicidade...

 

poeta me trago ausente desse

sentir agudo que reacende a vida...

 

poeta fui... como que perdida

a chama na combustão do amor

que se queria eterno...

 

poeta? talvez enfermo...

o mal que me persiste...

 

poeta eu… que em mim...

 

já não existe!

 

 

publicado por Latitudes às 02:25
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Segunda-feira, 4 de Agosto de 2008

poder ser trigo!...

poder ser trigo!...

grão que amanhece

húmido no teu poema

terra que desperta

a madrugada onde germinam

os corpos que amaremos

no interior da fertilidade

dessa seara que alimenta

o infinito...

publicado por Latitudes às 21:21
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