oferece-me o teu olhar
esse asterismo que reflecte um universo
de ternura…
as tuas carícias são como nuvens de beijos
que antecipam uma precipitação tropical…
o meu corpo arde… deseja que chova!
pressinto-te na última palavra
que a saudade sufoca…
derradeira brisa
que afaga o poema exangue
reflectindo nostalgia…
no rio que emerge do Outono
humedecem as lembranças
daquilo que restou depois do adeus…
o que passou… fez
de nós seres mais silenciosos
e as nossas mãos estenderam-se no vazio…
importa dizer que o silêncio
potencia o grito do rumor que fomos…
no coração da mulher a quem amamos