ausência...
ainda que por vezes te consiga ausentar... e pareça adensar o vazio da solidão em que me encontro
és tu que preenches todo o meu devasso esquecimento |
Olá Amigos,
… tenho vindo sistematicamente a adiar a edição do meu primeiro livro “Vazio (ausência onde nos encontramos)”, neste momento em fase de conclusão editorial.
Chegou a hora de realizar esse projecto. Uma obra íntima, intimamente ligada à génese deste pequeno poeta que teima em dizer poesia… breve!... por breve que seja a sua inquietude no seu prolongado encantamento… uma edição de autor sem qualquer tipo de apoio institucional… Mas, o Amigo é uma das mais nobres instituições... A vós recorro… para que o meu próximo livro seja, desde já, possível…
Poderá este ser, também, um presente para oferecerem a um amigo, à namorada ou ao namorado… pai, mãe, prima ou avó… numa qualquer data que sintam e queiram especial.
Poderão sugeri-lo a outros amigos e encomendá-lo através do meu endereço latitudes@live.com.pt
o meu eterno agradecimento...
segue-se um texto introdutório (pág1 do livro).
A viagem começa num lugar comum em direcção ao interior inexplorado da alma que possivelmente não conseguirei tocar.
Apenas as palavras possibilitarão a descoberta desse caminho tão pleno de emoções.
Em eterna viagem; em constante procura… a infindável espera e o vazio, no durante que é (toda a vida) a ausência onde nos encontramos.
A sincronia; a obsessão pela exactidão cósmica revelada pelo beijo do colibri à flor tão exacta; tão presente; tão plena de cor e sedução que nos retém no deslumbre, também obsessivo, como paixão que nos toma para toda a vida.
A água: elemento que transporta consigo a transparência liquefeita das memórias, dos anseios… flui. Em percursos ou esperas ininterruptas, hidratadas pela melancolia do olhar…
Na migração dos pensamentos, os regressos à ternura feminina como horizontes que não cansam os olhos mais contemplativos. Uma ligação embrionária à génese do Homem. Regresso à solução amniótica que nos protege: o único paraíso!
A precariedade da posse contrasta com a solidez da verdade exequível do poema.
E o tempo… imparável. Tudo e nada detém… apenas purifica…
porque no silêncio
eu trago inscritos
os sons da poesia que somos...
porque a música que fomos
preencherá o vazio lugar
onde nos encontramos...
porque o sítio onde ficamos
será sempre distante
do abraço que nos fundiu...
porque a Primavera existiu...
e o Outono nos abraça ainda
nostálgicos e com saudade
porque o amor é de verdade
e nunca saberemos onde o encontrar...
...
imagem: pescada na rede
por: um pescador de sonhos